Produtor Celso Miguel Lago sai de 250 litros por dia para 600 litros com assistência da Emater-DF
Na pecuária leiteira, o manejo reprodutivo interfere diretamente na produção de leite e na geração de renda para o produtor. “Ficar com vacas sem reproduzir e parir gera prejuízo ao criador. Ele gasta para alimentar e manter os animais sem ter um retorno financeiro com o leite”, explica o médico veterinário da Emater-DF no Gama, Pedro Ivo Braga.
O produtor Celso Miguel Lago, da região de Ponte Alta Norte (Gama), possui um rebanho de 60 vacas. Antes de ter assistência da Emater para a gestão reprodutiva, cerca de 70% do rebanho não estava gestante e tinha uma produção de apenas 250 litros de leite por dia.
Para auxiliar o criador, a Emater fez um diagnóstico do rebanho, iniciando um processo de gestão, com o controle de todas s informações relacionadas a cada animal e rebanho. Após identificação dos animais que não estavam prenhes, foi implantada a tecnologia de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), realizada por meio de um protocolo hormonal para sincronização e indução do cio. “A IATF permite maior eficiência reprodutiva dos animais, uma vez que as vacas, pós-parto, retornam à reprodução mais cedo. Além disso, facilita a mão de obra por concentrarmos as inseminações em um só dia e horário”, diz Pedro.
Com a reprodução dos animais de forma regular, com intervalo entre partos de 12 a 14 meses, a produção saiu dos 250 litros por dia e passou para 550 a 600 litros. Para Celso, “sem um protocolo de gestão reprodutiva e assistência veterinária e zootécnica, a atividade estava dando prejuízo”. Hoje, Pedro faz um acompanhamento mensal, selecionando alguns animais para verificar se a inseminação deu certo.
Qualidade do leite
Além do trabalho de gestão reprodutiva, a Emater acompanha o produtor em relação à qualidade do leite. A médica veterinária Soliene Partata Ramos visita periodicamente a propriedade para utilizar um equipamento portátil que faz a contagem de células somáticas de amostras do leite. “A quantidade medida dessas células é um dos indicadores da qualidade do leite. Caso o índice medido pelo equipamento esteja acima do padrão permitido, temos que fazer alguma intervenção, identificando se existe algum problema relacionado à ordenha ou aos animais e tomando as medidas corretivas necessárias”, explica Soliene.
Ao manter a qualidade do leite, Celso consegue receber um bônus do laticínio para onde vende o produto. “Hoje ganho R$ 1,15 por litro, com o adicional pela qualidade, que também é conferida pelo próprio laticínio com a coleta de amostra em dias aleatórios”, diz Celso.
Outro fator que influencia na reprodução, na qualidade e quantidade de leite é a alimentação balanceada. O zootecnista da Emater, Fábio Renato Rodrigues, também faz o acompanhamento da produção. Hoje, Celso utiliza sistema de pasto rotacionado no período chuvoso e, na seca, alimenta os animais com silagem de milho, ração balanceada e sal mineral.
A Emater-DF possui 16 unidades locais, com equipes multidisciplinares, para atendimento ao produtor. Veja aqui onde atuamos.
Carolina Mazzaro
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
Emater-DF
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