A Secretaria de Agricultura (Seagri), juntamente com parceiros, vai atingir a marca de 100 mil mudas doadas ao Projeto Produtor de Água do Pipiripau, até o fim de dezembro. São mais de 50 espécies de árvores nativas do Cerrado, como jatobá, peroba, angico, ipê verde, caju do cerrado, cagaita e buriti, usadas para compor áreas de preservação em propriedades rurais.

As mudas são produzidas na granja do Ipê. O local possui cinco estufas, com capacidade para produzir, em média, 16 mil mudas, cada – além de dois viveiros, com capacidade para produzir 350 mil mudas. Cerca de 20 pessoas, entre servidores da Seagri e terceirizados, trabalham diretamente na produção. Fazem a coleta, o prepara e semeadura das mudas, entre outras coisas.

Para o chefe do Núcleo de Produção Vegetal da Granja do Ipê, Cláudio Silva, é gratificante trabalhar em algo que deixará um legado à sociedade. “É muito importante, não estamos fazendo isso para a gente e sim para os nossos filhos, nosso futuro”, afirma.

Para apoiar o trabalho, parceiros no Produtor de Água e a Seagri também disponibilizaram van para transporte dos trabalhadores, caminhonete para a coleta de mudas e sementes, implementos para a manutenção e limpeza dos viveiros e um trator agrícola. Três tratores e o prédio que abriga os serviços administrativos foram reformados – com direito a instalação de foça ecológica – num investimento de R$ 100 mil.

Após germinarem e estarem prontas, a mudas são levadas às propriedades dos agricultores dos núcleos rurais Pipiripau e Taquara – ambos em Planaltina – que aderiram ao Produtor de Água. Com a assistência técnica da Emater, as mudas são plantadas.

Produtor de Água

O Produtor de Água é uma iniciativa da Agência Nacional de águas (ANA), que tem como objetivo a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais. O programa, de adesão voluntária, prevê o apoio técnico e financeiro aos produtores rurais, à execução de ações de conservação da água e do solo, como a construção de terraços (também conhecidos como curvas de nível), bacias para infiltração da água, readequação de estradas vicinais, recuperação e proteção de nascentes, reflorestamento de áreas de proteção permanente e reserva legal e saneamento ambiental.

No Distrito Federal, o projeto está em execução na Bacia do Ribeirão Pipiripau, que abastece mais de 200 mil pessoas das regiões de Sobradinho e Planaltina. Atualmente, cerca de 90 produtores estão inscritos no projeto e já adotam práticas de preservação ambiental. A expectava é que o numero triplique em 2015. Os pagamentos variam de R$ 80 a R$ 200, por hectare, dependendo dos serviços ambientais prestados pelo agricultor. O programa é realizado por meio de uma Unidade Gestora de Projeto (UGP).

Além da Seagri, fazem parte da UGP a Semarh, a Emater, a Adasa, o DER, a Caesb, o Ibram, a Terracap, Ministério do Meio Ambiente, Agência Nacional de Águas, Sudeco, Banco do Brasil, Embrapa, UnB, Sesi, WWF, Fundação Banco do Brasil, TNC e Rede de Sementes do Cerrado.

Foto: Assessoria de Comunicação Social – Seagri-DF