A importância das forrageiras para o sistema de produção, técnicas de plantio, manejo e manutenção são alguns dos temas que o pecuarista que visitar o Circuito de Bovinocultura, no espaço da Agricultura Familiar da Emater-DF, vai poder conferir na AgroBrasília 2019. Um bom manejo pode fazer uma forrageira durar mais de 30 anos sem a necessidade de replantio.
“Na prática, hoje, um produtor planta uma pastagem e com três anos já está com fertilidade baixa, por conta do manejo, e ele acaba tendo que replantar esse capim. Isso está errado. A planta forrageira é uma planta perene, ela não pode se acabar. Ela só se acaba se faltar nutrientes, as plantas invasoras começam a surgir e ela fica com pouca força de rebrota”, ressalta o zootecnista e extensionista da Emater-DF Maximiliano Cardoso.
Para a extensionista da Emater-DF Camila Braz Ribeiral, responsável pelo Circuito de Bovinocultura, essa falta de nutrientes reflete diretamente na saúde dos animais. “A gente que vai a campo vê debilidades imensas na questão alimentar. Os produtores têm muita dificuldade em como lidar com a alimentação dentro da propriedade. Por isso que o circuito foca tanto em alimentação. Um animal bem alimentado vai trazer muitos benefícios, não vai adoecer e não vai trazer prejuízo para a propriedade”, explica.
No circuito, o espaço imita uma pequena fazenda, com campo agrostológico, curral funcional para pequenos e médios produtores, com estrutura para até 25 animais em lactação, um sistema de integração lavoura pecuária com milho e braquiária ruziziense, passo a passo da ordenha higiênica, tanque para manejo correto dos dejetos do curral, um bezerreiro com cerca elétrica e diversas outras novidades.
Curral funcional — Uma das principais inovações do circuito é o curral funcional, que foi projetado para pequenos e médios produtores. “O curral é onde o produtor realiza a maior parte do manejo com os animais. É no curral que se ordenha, que faz pesagem, a vacinação, a vermifugação, dentre outras atividades”, diz Camila.
Na AgroBrasília, os técnicos explicam como o curral foi montado e o custo de construção. De acordo com a coordenadora do circuito, com R$ 17 mil, incluindo mão de obra, é possível montar um curral nos mesmos moldes do apresentado no espaço da Agricultura Familiar.
“Esse modelo que a Emater-DF está disponibilizando e demonstrando para o produtor no nosso circuito utiliza estrutura e equipamentos úteis para rotina do produtor. É um custo bom, para um curral tão prático e tão funcional”, pondera.
Integração lavoura – pecuária — Para o pequeno e médio produtor, a integração lavoura pecuária pode ser viável, considerando a possibilidade de maximização de uma mesma área para produção de grãos/silagem e formação de pastagem. A cana-de-açúcar se configura como uma boa opção de volumoso para o período seco do ano.
“Desconheço volumoso mais barato do que cana-de-açúcar. Produz entre 80 até 200 toneladas de matéria verde por hectare. É deficiente em proteína e mineral, mas usando de forma estratégica consegue ter bons ganhos”, ressalta o zootecnista e extensionista da Emater-DF Douglas Mariz.
“Essa integração lavoura pecuária é o futuro. No caso da plantação de milho, por exemplo, você tira o milho e fica o capim para o gado”, completa Maximiliano. Os técnicos explicam que do milho é possível fazer a silagem e logo em seguida disponibilizar para os animais o pasto, fazendo com que o produtor ganhe tempo, além de diminuir problemas com degradação de solo.
Na AgroBrasília, que vai até este sábado (18), a Emater apresenta uma série de novidades que os técnicos e extensionistas da empresa vêm aplicando na agricultura familiar do Distrito Federal para aumentar a produção e a produtividade, melhorar a qualidade dos alimentos e gerar renda e ocupação no campo.
Joelma Pereira
Assessoria de Comunicação Social
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