Objetivo é alinhar as estratégias para prevenção da doença no Distrito Federal
O Brasil e o Paraguai são os únicos países da América do Sul sem registro de Gripe Aviária, que tem causado prejuízos em diversos países. E para traçar e alinhar estratégias de conscientização dos produtores e minimizar os riscos, o coordenador de sanidade avícola da Secretaria de Agricultura (Seagri), Daniel Natividade, se reuniu nesta terça-feira (11) com veterinários e zootecnistas da Emater-DF.
Durante o período de maior migração de aves do hemisfério Norte para a América do Sul, que vai de novembro a abril, é importante que os produtores mantenham suas aves em piquetes ou galpão, mantendo distância de aves migratórias, principalmente das aquáticas. Segundo Daniel, “orientação e conscientização são as ações com melhores chances de resultados na defesa agropecuária. Por isso, o papel da Emater-DF junto aos produtores é de grande importância, visto que a incidência de Gripe Aviária acarretaria danos econômicos, sociais e de saúde pública, já que a doença também é uma zoonose”.
Segundo informações da Seagri, existem 15 milhões de aves no DF. Por isso, é preciso aumentar as ações de vigilância, reforçar as medidas de biosseguridade nas granjas pelos produtores.
De acordo com a gestora do programa de avicultura da Emater-DF, Camila Braz, “o treinamento dos extensionistas da Emater-DF mostra a preocupação da empresa em trabalhar na prevenção da Influenza Aviária no DF e tem como objetivo a educação sanitária e conscientização dos produtores rurais do setor avícola por meio dos nossos técnicos. O setor avícola representa 78% do Valor Bruto da Produção Pecuária do DF por isso ações de prevenção são fundamentais para evitar a doença na região”.
No caso de suspeita de foco da doença, os técnicos da Emater-DF devem acionar a Secretaria de Agricultura, que dará início a um protocolo que inclui controle em um raio de 3 km da propriedade, sem que entre e saia nenhum animal ou pessoa da região até a confirmação ou negativa da doença. Em caso positivo, haverá uma zona de controle em um raio de 10 km, com eliminação das aves, privação do trânsito, entre outras medidas.
Além das criações comerciais, é preciso que os cuidados sejam também tomados em criações de subsistência, de aves ornamentais, aves exóticas e passarinhos.
Medidas
A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) divulgou uma série de medidas para evitar a entrada da influenza aviária no Distrito Federal. Entre as ações imediatas, citadas na Portaria Nº 17, de 14 de março de 2023, estão a proibição, por no mínimo 90 dias, de qualquer aglomeração com participação de aves no DF e a recomendação do fechamento de aves criadas em piquetes.
Com a publicação da Portaria, a participação de quaisquer espécies de aves em eventos agropecuários, encontros, torneios e exposição de aves ornamentais e outras aves fica proibida por no mínimo 90 dias no Distrito Federal. Inclusive, os eventos já registrados ficam cancelados, e as aves que participaram de eventos agropecuários em outros Estados ficam impedidas de retornar ao DF.
Entre os sinais clínicos a serem comunicados ao Serviço de Defesa Agropecuária destacam-se alta mortalidade, anormalidades respiratórias ou sinais nervosos de alteração nas aves.
Entre 2003 e novembro de 2022, foram registrados 868 casos humanos de infecção por influenza A (HSN1) e 457 mortes foram relatadas em todo o mundo em 21 países, segundo dados do Ministério da Agricultura. Até agora, duas infecções humanas foram confirmadas nas Américas, sendo a primeira em abril de 2022 nos Estados Unidos e a segunda em 9 de janeiro de 2023 no Equador (OPAS).
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