Governo do Distrito Federal
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18/12/20 às 11h34 - Atualizado em 18/12/20 às 13h59

Extensionista da Emater-DF produz tinta a partir de terra para pintar casas na zona rural

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Imóvel pintado com tinta de terra a partir de projeto da Universidade de Viçosa (MG)

 

Uma tinta de parede mais econômica tem trazido beleza e conforto para moradores de áreas rurais do Distrito Federal. O trabalho do engenheiro-agrônomo Márcio Meirelles, do escritório da Emater-DF em Planaltina tem agradado agricultores, trabalhadores rurais e suas famílias. A tinta feita de terra, a partir de pigmentos naturais, pode ser até 90% mais barata do que o produto convencional, além de ser menos tóxica e igualmente duradoura.

 

Em atendimentos de rotina a propriedades rurais, Meirelles reparou que algumas casas tinham pinturas velhas ou estavam ainda no reboco. “Encontrei um projeto de pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que mistura terra natural com grude, cola e óleos. Primeiro, apliquei na pintura da minha própria casa e o resultado foi muito bom”, conta o extensionista.

 

Satisfeito com a experiência, Meirelles elaborou uma oficina e começou a divulgar o produto em comunidades rurais atendidas pelo escritório de Planaltina. “Além de não dar dor de cabeça, a tinta feita de terra tem um custo de aproximadamente R$ 52 a lata [18 litros], enquanto a convencional pode chegar a R$ 500”, comenta o engenheiro-agrônomo da Emater-DF. “É um produto acessível e fácil de ser fabricado.”

 

Com três partes de terra para uma de cola e água é possível produzir a tinta. Vermelho, amarelo, branco, roxo, lilás, rosa, marrom, bege… a variedade de cores é grande. “Nosso objetivo é tornar as casas mais alegres, confortáveis, transformar o ambiente num lugar aconchegante e acolhedor”, aponta Márcio Meirelles. Até agora, cerca de 20 casas foram pintadas, incluindo o galpão da Associação dos Produtores do Núcleo Rural Santos Dumont (RA Planaltina).

 

Reforma econômica e ambiental
A presidente da Associação dos Usuários do Canal de Abastecimento do Núcleo Rural Santos Dumont (Aucasdu), Flavia Kikuchi, conta que achou a proposta interessante. “Primeiro, o Márcio Meirelles nos deu uma oficina sobre o tema. Encontramos a terra adequada em uma cisterna de um dos nossos associados”, relembra. Segundo ela, o extensionista da Emater-DF acompanhou o grupo em todo o processo.

 

Trabalhadores pintam parede de imóvel na zona rural do DF com tinta feita com terra

 

 

Um mutirão de 12 pessoas pintou o galpão da organização em um dia. “O único custo que tivemos foi com a cola. A tinta absorve muito rápido, não deixa cheiro forte e até agora resistiu bem às chuvas”, comemora Flavia, acrescentando que foram usados cerca de 30kg de terra e 10kg de cola. “Reformamos todas as instalações, colocamos forro e agora temos um espaço mais confortável, e melhor para receber nossos associados e, além de tudo, com sustentabilidade ambiental”, afirma.

 

A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

 

 

 

 

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