Nessa quarta-feira (27) foi dado o primeiro passo para incentivar agricultores do Distrito Federal a produzirem frango e ovos orgânicos. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) levou um grupo de cerca de 15 produtores interessados em aprimorar ou começar a atividade para conhecerem a fazenda Cantão da Lagoinha, no interior de Santo Antônio do Descoberto (GO), que já é certificada para comercialização do frango orgânico.
O proprietário, Carlos Caetano, largou a carreira no mercado financeiro e apostou na produção orgânica. Ele e a esposa, Eliana Rodrigues, são entusiastas da atividade e têm prazer de dividir suas experiências com outros agricultores. “Meu interesse é fazer com que mais pessoas possam produzir e consumir orgânicos. E falar dos acertos e erros que cometi contribui para que possam acertar mais rápido que eu”, diz.
Na visita, os produtores foram orientados sobre pontos importantes antes de iniciar a criação como o planejamento e o plantio de árvores para sombreamento da área onde ficarão as aves, além de visitarem as instalações da propriedade.
No galpão utilizado para armazenamento de grãos e fabricação da ração, Carlos explicou o processo de fabricação do alimento dado às aves, que é um dos principais desafios da produção, já que o milho e a soja devem ser orgânicos. “Apenas 2% dos ingredientes da ração que dou para minhas aves vem de fora da propriedade. O restante é cultivado aqui”, conta.
Os participantes também conheceram os viveiros, que contam com piquetes para que os frangos possam comer ao ar livre. Lá, Carlos mostrou a importância de se ter um controle da produção, com registro diário de informações como alimentação oferecida e mortalidade, para saber onde corrigir possíveis erros.
Segundo o coordenador do programa de agroecologia da Emater, Roberto Carneiro, haverá outras etapas que incluem encontros técnicos com os agricultores sobre planejamento da criação, alimentação, instalações e sanidade, com palestras e debates para sistematizar soluções e encaminhamentos. “Temos um corpo técnico experiente que, num processo participativo com os produtores, vão compartilhar conhecimentos e experiências para o início da criação orgânica”, explica.
Cláudio Duarte, produtor da região do Paranoá, já vende carne de coelho no Mercado da Agricultura Familiar, na Ceasa, e pretende diversificar a produção. “Quero fazer ter um mix de proteína animal para comercialização e tenho certeza que é viável produzir frango orgânico”, diz.
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
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