Governo do Distrito Federal
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30/10/23 às 16h27 - Atualizado em 30/10/23 às 16h27

Emater-DF promove visita de produtores a propriedade referência na produção de baunilha

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O extensionista rural Carlos Morais explica sobre o manejo da baunilha, que é uma espécie de orquídea.

 

Com um manejo exigente, mas de alta rentabilidade, o cultivo da baunilha natural atraiu produtores de várias regiões do Distrito federal em busca de conhecimento sobre a produção, técnicas de cultivo e peculiaridades sobre cuidados e comercialização. Para promover a troca de conhecimento, a Emater-DF levou os produtores em uma propriedade, que é Unidade de Referência de produção de Baunilha, no núcleo rural Tororó, onde é possível ver dois tipos de cultivo: em sistema agroflorestal e em estufa.

 

A unidade de referência é conduzida pelo casal Anajúlia Heringer e João Sales, no núcleo rural Tororó, em São Sebastião. Eles possuem atualmente cerca de mil pés de baunilha de cinco diferentes espécies. Produtores de baunilha há cinco anos, mais do que produzir baunilha, o casal faz testes com diferentes variedades e formas de condução do plantio, adubação e irrigação em parceria com a Emater-DF. Grande parte do plantio é das variedades Vanilla Pompona e Vanilla Planifolia, mas o casal também está investindo em variedades como a Vanilla Bahiana, Vanilla Chamissonis e Vanilla Cribbiana, com a intenção de encontrar o melhor sabor e aroma, além de verificar a variedade que melhor se adapta às nossas condições locais.

 

O encontro aconteceu na última semana, 27 de outubro, quando o extensionista rural da Emater-DF Carlos Morais guiou um grupo de aproximadamente 15 pessoas pela unidade de referência. “A baunilha é um tipo de orquídea trepadeira, então ela precisa de um tutor para crescer, e se for alto demais, dificulta o manejo” explica Morais, apontando a estrutura montada pelo casal de produtores. “Assim como as orquídeas, a baunilha não pode ter excesso de água porque as raízes apodrecem”, explica.

 

À direita, a fava fresca e à esquerda a fava da baunilha curada.

Questões desde o plantio, o manejo da planta, a polinização das flores e a colheita das favas foram apresentadas ao grupo de produtores. “Assim que você colhe a fava da baunilha, ela não tem nenhum aroma, então é preciso passar por um processo de cura – que não é uma simples secagem, porque tem que manter uma certa flexibilidade e umidade para conseguir uma leve fermentação. Só depois dessa cura é que a fava atinge seu máximo aroma e sabor”, explica a produtora Anajúlia Heringer.

 

Sobre a diferença de sabores e aromas das espécies de banilha, a produtora compara com a produção de vinhos. “A baunilha do Cerrado tem um sabor diferente da baunilha de Madagascar, como vinhos de uvas diferentes, são uma delícia, mas são sabores diferentes”, explica Anajúlia Heringer.

 

Para Carlos Morais são essas questões específicas que fazem da baunilha uma especiaria tão cara. “Não é uma iguaria fácil de obter, mas com o manejo e processamento corretos, o produtor consegue um fruto raro, saboroso e de demanda da alta gastronomia, o que, consequentemente, aumenta a renda do produtor”, afirma.

 

A produtora rural Antônia Quaresma, de Valparaíso, disse que gostou muito da visita e das apresentações feitas. Ela saiu da visita decidida a iniciar um plantio, ainda que apenas para consumo próprio. Mesma opinião teve a produtora Maria Rubeneide de Lima, do Incra 9, que pretende começar um plantio para consumo próprio e experimentar se vale a pena aumentar. Rubeneide disse ainda que ficou encantada com a oportunidade de ver o manejo na prática e as possibilidades da baunilha natural. “Ver a demonstração da baunilha no fruto curado e ver no pé, ver a flor e a polinização, foi ótimo acompanhar tudo”, disse a produtora.

 

Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

 

 

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