A partir desta sexta-feira (9), o Mercado do Peixe, sob a gestão da Coopindaiá (Cooperativa Mista da Agricultura Familiar, do Meio Ambiente e da Cultura do Brasil), está funcionando com vendas diretas do produtor/piscicultor ao consumidor. A abertura oficial foi realizada nesta manhã, logo após assinatura e entrega do termo de concessão de uso do espaço à Coopindaiá.
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Durante a solenidade, que marcou a entrega do termo, o vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, falou sobre o potencial do pescado na capital e a importância do espaço no DF. Brasília é o terceiro maior mercado consumidor do Brasil, perdendo apenas para as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na capital do país, o consumo per capita é de 14 quilos por ano, contra 9,5 quilos da média nacional.
“Queremos garantir à população um espaço para que as pessoas, tanto da área rural quanto da urbana, possam ter contato com piscicultores e acesso a um produto de qualidade”, apontou. A perspectiva é a de que a nova gestão fortaleça a produção de peixes na capital, uma vez que piscicultores associados à cooperativa passarão a comercializar espécies de pescado de criatórios operados por produtores do Distrito Federal e Entorno.
“Esse mercado abre as portas para o aumento de nossa produção de peixes. A piscicultura pode agora dar mais um salto de produção e de qualidade. Nada disso seria possível se o governo não desse todo o suporte para que a agropecuária aqui do DF continue a prosperar”, destacou a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca.
Apesar de a área de cultivo de pescados na capital ser pequena, o DF possui grande densidade demográfica de consumidores e produtores de peixe, sendo assim uma região estratégica para o mercado.
Presente no evento, o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, lembrou que milhares de produtores que cultivam peixes e piscicultores no Brasil têm dificuldades no âmbito da comercialização e também com logística. O espaço, de acordo com ele, é um ganho importante como ponto de escoamento da mercadoria. “Aqui o consumidor tem uma fonte de pescado com sanidade, inspeção, selo e preços acessíveis”, disse.
Ele destacou que a média mundial de consumo de peixe é de 20,5 quilos por pessoa. No entanto, o brasileiro come menos de 10 kg. “Mas não é porque o brasileiro não goste de peixe. É que, muitas vezes, o preço e a logística afastam o pescado. Afastam o produtor do consumidor”, ponderou.
A presidente da Emater-DF e o presidente da Coopindaiá com o certificado de concessão de uso do local
O presidente da cooperativa, Luciano Andrade de Carvalho, afirmou que agricultores e piscicultores do DF e Entorno já estão produzindo para o Mercado do Peixe. “Nosso intuito é fomentar a piscicultura no DF e fazer com que esses produtos cheguem ao consumidor com qualidade. Que nossos produtores também recebam um preço justo, saiam da informalidade e se libertem do atravessador.”
A Coopindaiá fará a gestão e operacionalização da estrutura e bens que compõem o Mercado do Peixe, em regime de mútua cooperação com a Seagri. Em dezembro de 2019, a Secretaria de Agricultura lançou edital para a seleção de uma cooperativa para gerir o local. A Coopindaiá foi a vencedora do processo.
O presidente da Ceasa-DF, Onélio Teles, declarou total apoio à cooperativa, em nome do grupo agricultura, que envolve Emater, Ceasa e Secretaria de Agricultura, e falou sobre a importância do espaço. “Sabemos que essa é uma oportunidade de trazer para cá o peixe da produção local. Esse tipo de contrato é muito importante para que prevaleça a questão do aproveitamento da nossa produção.”
“Nós esperamos que o consumidor possa ter disponível, no centro de Brasília, peixes de boa qualidade e que possam realmente fomentar toda essa cadeia produtiva”, disse o secretário de Agricultura, Candido Teles, que também falou sobre a importância do trabalho da Emater junto aos produtores do Distrito Federal e reafirmou a expectativa de aumento da produção local.
Secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, vice-governador do DF, Paco Britto, presidente da Coopindaiá, Luciano, e secretário de Agricultura Familiar do Mapa, Fernando Schwanke.
“Ver reaberto o mercado do peixe é algo extraordinário para todos nós. O brasiliense gosta de peixe, mas a gente precisava de uma referência para facilitar esse diálogo do peixe fresco e valorizar os piscicultores aqui do Distrito Federal. Eu sei que todo esse trabalho é para valorizar o DF como um todo”, acrescentou o deputado distrital Cláudio Abrantes (PDT).
Além do vice-governador, do deputado e dos gestores do sistema agricultura, também participou do evento o superintendente Federal de Agricultura no Distrito Federal, William Barbosa.
Em 2018, o Distrito Federal tinha 538 piscicultores, com uma produção total de cerca de 1,5 mil toneladas de pescado. A principal espécie criada no Distrito Federal é a tilápia, seguida do tambaqui e seus híbridos. Atualmente, toda a produção local é consumida no próprio DF. Todos esses dados indicam o alto potencial do mercado local do produto.
A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
Emater-DF
Parque Estação Biológica, Ed. Sede Emater-DF CEP: 70.770.915 Brasília - DF Telefone: (61) 3311-9330 e (61) 3311-9456 (Whatsapp) E-mail: emater@emater.df.gov.br