Escritório da Emater do Paranoá investe em produção de frango caipira e hortaliça orgânica como carros-chefe de sua produção para incentivar produtor
Se você gosta do campo e o seu sonho é ter qualidade de vida, com sustentabilidade no negócio e vontade de trabalhar, então, tem de conhecer a história do produtor rural Leonardo Cardinali Rodrigues. Aos 28 anos, ele se cansou do estresse da cidade e trocou, por hora, a faculdade de Veterinária pela labuta no campo. Depois de um ano e meio, já colhe os frutos – ou melhor -, ovos e frangos caipiras -, com a qualidade de vida que sonhou. Tudo isso, a 50 km do Plano Piloto de Brasília, em uma parte da chácara da família, na Quebrada dos Guimarães, na qual produz. O diferencial da realização rápida do sonho está na orientação do Escritório da Emater-DF, da região.
O Escritório do Paranoá tem cadastrado e atende cerca de dois mil produtores rurais, distribuídos em 800 propriedades que produzem comercialmente. ”Eu era estudante de Veterinária e tranquei matrícula, no final de 2014. Tempos difíceis, desmotivação”, explica Leonardo, que resolveu que, além de ser hora de ganhar para seu próprio sustento, era hora também de investir no sonho. Bateu cabeça por um tempo, sem experiência na vida rural e aí resolveu procurar o Escritório da Emater para se orientar. “Fiz meu cadastro de produtor rural e fizemos essa parceria. Comecei a visitar o Escritório e eles foram a minha chácara. Veio a ideia de comercializar frango e depois a produção e comercialização de ovos. Agora, quero investir em cogumelos e em hortaliça orgânica”, assegura um produtor de sorriso largo, desses que fazem a agente acreditar que a felicidade mora no campo.
E, no caso de Leonardo, mora. De meados de 2014 até o final de 2016, ele aumentou a criação de 30 galinhas poedeiras para 200 e, “depois de fazer o `dever de casa´ de tudo que orientamos, já está terminando de construir a infraestrutura para abrigar 500 frangos, que comercializa, por hora, nas feiras livres”, conta a Extensionista e zootecnista da Emater, Michelli Oliveria Costa, que dá atendimento direto ao produtor.
Com 95 dias de trabalho intensivo com os primeiros frangos comprados, Leonardo fez o abate e a entregar nas feiras. “Agora estou começando a produção de ovos caipiras e sendo orientado pela Michelli e pelo Gerlan, na ampliando os galpões, porque de 30 passei para 200 aves e vou chegar a 500. E já estou diversificando para cogumelos e hortaliça orgânica, tudo com a orientação deles. Não me imagino rico. Me imagino cada vez mais feliz”, assinala o produtor, que também investiu em cursos de gestão e outros tantos sugeridos pelos extensionistas.
E a meta para 2017 é ter um entreposto de ovos em sua chácara. “A questão dos ovos exige muita atenção, por conta das exigências do certificado do Dipova – Divisão de Inspeção de Produtos Vegetais e Animais”, explica Leonardo, que já tem planos de recorrer a crédito do Pronaf para ampliar ainda mais seu negócio.
Compras coletivas minimizam custos – “Depois de cumprido o passo a passo para o pontapé inicial de sua produção de frango caipira, o Leonardo foi inserido no grupo de compras que temos organizado. Esse grupo minimiza custos de ração, entre outros produtos que os produtores rurais aqui de Planaltina precisam”, afirmou o Extensionista Gerlan Fonseca.
De tão proativo, Leonardo se tornou rapidamente em coordenador desse grupo de produtores, que reúne 40 pessoas. Entre eles, 23 produtores de frango e o restante distribuído entre produtores de suínos, equinos, ovinos e peixes. O resultado é uma economia de cerca de R$ 15 mil ao ano, nas compras.
E a crise econômica? “Senti a crise no ano passado, quando da alta do milho. Foi ai que, mais uma vez, a Emater trouxe a solução, me orientando a entrar para o grupo de compras e me inscrevendo na Conab. Cheguei a pagar R$70 no saco de milho. Na Conab passei a pagar R$ 40. Uma diferença muito grande”, ensina o produtor de frangos, que já está sendo contatado por grandes restaurantes de Brasília, interessados no diferencial de seus produtos.
E tem mais: “Ainda há muita coisa para melhorar no manejo. O Leonardo poderá ter uma produção ainda maior e melhor. Ele pode reduzir ainda mais os custos e aumentar o lucro. Outra coisa que a gente quer é que ele, por meio do grupo de compras, inicie o processo de integração das vendas. Isso amplia o mercado para todos. E faz parte dos resultados do trabalho que executamos na Emater”, finaliza Michelli, complementada por Gerlan: “Já temos um grupo de produtores discutindo frango orgânico. São 15 produtores. A grande dificuldade é achar parceiros para produzir ração orgânica, por conta da soja, que tem de ser orgânica. A gente está buscando as soluções e uma delas é o incentivo para que elas mesmas produzam pequenas quantidades em suas propriedades para terem garantia de qualidade”.
Christina Abelha
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
Emater-DF
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