Produtora Cleide de Sousa produzir cerca de 4 toneladas de peixe por ano

A produtora Cleide de Sousa Caldas cria tilápias no núcleo rural Cariru (região administrativa do Paranoá) há pouco mais de um ano. Com apoio da Emater-DF, ela já consegue produzir cerca de 4 toneladas de peixe por ano. Durante esta semana, quando os cristãos comemoram a Páscoa — aumentando o consumo de pescado —, Cleide pretende reforçar suas vendas, além de planejar o crescimento da produção. “O apoio da empresa tem sido fundamental para a evolução do nosso negócio”, comemora a produtora.

O zootecnista Maurício Gonçalves, do escritório da Emater-DF no PAD-DF, explica que a atividade escolhida por Cleide é bastante promissora. “A criação de tilápias, se bem planejada e conduzida, pode render um bom lucro”, comenta. Cleide possui quatro tanques e pretende construir mais dois para aumentar a produção.

A produtora, que mora na região desde que nasceu, já plantou pupunha, milho e outras hortaliças, além de já ter tido trabalhado com galinhas e ovos. “A criação de tilápias, no entanto, é uma atividade simples, pouco cansativa e muito prazerosa”, afirma Cleide, que é aposentada. “É bom ter algo para fazer, ocupar a mente, produzir algo”, completa. Ela e o marido, Sérgio Martins, estão empolgados com a empreitada: já fizeram até uniforme para os trabalhadores da chácara, todos da mesma família.

Cleide conta que deverá comercializar parte de sua produção em Planaltina, no próximo fim de semana, por ocasião da Páscoa. “Consegui a emissão da GTA (Guia de Trânsito Animal), de forma que posso levar os peixes de forma segura”, observa. O documento é fornecido pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri-DF).

Páscoa — O coordenador do Programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, observa que a preferência do consumidor pelo pescado produzido no Distrito Federal tem uma vantagem. “Os peixes locais são mais frescos, não enfrentam horas de viagem, o que preserva melhor suas qualidades nutricionais”, explica. O produto pode ser encontrado nas diversas feiras locais das regiões administrativas do Distrito Federal.

O consumidor deve estar atento à aparência visual e ao odor do peixe. “Para o peixe fresco inteiro, observar a aparência dos olhos, que devem estar salientes e brilhantes, as brânquias devem ter coloração rosa avermelhada e a pele deve estar brilhante e sem a presença de cortes ou lesões. O peixe apresenta um odor característico, mas que não deve ser desagradável”, afirma Adalmyr.

Para os filés frescos, deve-se observar a elasticidade da carne. Ao dobrar, não pode destacar ou apresentar aparência quebradiça. Para os congelados, observar a integridade da embalagem, a data de validade e a presença de gelo, que pode indicar que o produto passou por descongelamento. Outro cuidado fundamental é a conservação do peixe. “É importante manter a temperatura de conservação durante o transporte do pescado para casa. Chegando na residência, manter na geladeira ou no congelador até o momento do preparo”, diz Adalmyr.

A Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.