A parceria entre Secretaria da Mulher, Emater e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) segue dando frutos para as moradoras do campo do Distrito Federal. Na manhã desta terça-feira (15), 15 mulheres do núcleo rural Tabatinga (região administrativa de Planaltina) concluíram o primeiro curso de capacitação de pintura em tecido oferecido para mulheres da área rural.

A formatura da primeira turma aconteceu em maio, quando 15 moradoras de Planaltina concluíram o curso de biojoias. Durante as 40 horas de aula, as alunas aprenderam todas as etapas de produção — do manejo da matéria-prima à comercialização.

Para a secretária-adjunta da Mulher do DF, Ivonete Nascimento, levar uma oportunidade de qualificação para as mulheres do campo contribui para promover o reconhecimento e a valorização do protagonismo feminino. “Com essa formação, elas passam a ter possibilidades de geração de renda, integração com outras moradoras, além de reforçarem sua autoestima”, frisou.

Segundo a técnica em extensão rural da Emater, Maria José de Matos, o trabalho com esse público supera as fronteiras do campo. “A força das nossas mulheres gera renda e conhecimento. Mas, acima de tudo, gera alegria e cidadania”, acrescentou.

O curso de pintura em tecido é realizado por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) — de responsabilidade do Ministério da Educação e ministrado pelo Senar. As turmas são organizadas pela Secretaria da Mulher do DF, em ação integrada com a Emater.

As atividades da capacitação tiveram início em maio e incluíram em sua programação 120 horas de pintura em tecido e 40 horas de formação em empreendedorismo no campo.

Produtividade — Um desafio de produtividade foi proposto para as trabalhadoras: elas deviam produzir e vender diversos materiais, buscando o maior lucro possível em uma semana.

De acordo com Dionara Kanheski, a proposta fortalece o espírito empreendedor e empodera a mulher. “Desde que eu tinha parado de trabalhar, fiquei muito desanimada, não tinha mais interesse em fazer nada. Após o curso estou feliz, satisfeita e agora quero retomar meu negócio. Voltei a ter vontade de viver”.

Algumas alunas pensam em se organizar em pequenas associações e cooperativas para fortalecer a produção e a comercialização. Para as sócias Francisca das Chagas, e Edi Felden, o espírito de cooperação proporcionado pelo curso reforça a amizade entre as participantes e a vontade de empreender além das fronteiras do campo. “Hoje, queremos fortalecer nossa produção de pintura e bordado e sair em busca de comércios e pessoas que queiram receber nossas encomendas”, planejam.

Fonte: Guilherme Rocha — Ascom / Secretaria da Mulher do DF