Foi realizada na manhã desta quinta-feira (16) a primeira reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável do Distrito Federal (CDRS-DF) de 2017, no Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo, localizado na região administrativa do Gama-DF. A pauta priorizou a situação hídrica do DF e os impactos causados na agricultura.
Na abertura, o secretário de Agricultura, José Guilherme Leal, relatou aos presentes todo o esforço que o Governo de Brasília tem feito para tentar minimizar a escassez hídrica no DF e sobre as ações realizadas na área rural, buscando o uso consciente da água por parte do setor. “Estamos vivendo uma situação muito atípica e preocupante que vai precisar de uma mudança de comportamento e de investimento, do governo e dos próprios produtores rurais, para que se mantenha a atividade econômica da área rural do DF”, disse Leal.
No ano passado, por meio da Expedição Safra-Brasília, foi realizado um levantamento em que foi constatado que 55 pivôs estavam parados no final de agosto por conta da situação climática e da dificuldade relacionada ao uso da água na agricultura. “Isso resultou em uma perda de mais de R$ 300 milhões no valor da produção”, relatou o secretário.
Diante da situação a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) apresentaram um Plano de Ação para Bacia Hidrográfica do Alto Rio Descoberto, contendo oito medidas sustentáveis, cujo objetivo é reduzir a captação e perdas de água no uso agrícola e também aumentar a produção de água na Bacia. “Esse é um plano que tem caráter emergencial e estruturante”, reforçou.
Na ocasião, o diretor executivo da Emater-DF, Rodrigo Marques, também lembrou aos agricultores que eles sempre tiveram preocupados com a preservação da água e do solo. “Água e solo são insumos básicos para a atividade agropecuária. Então, em todas as discussões com o governo nós sempre levantamos que o produtor rural não pode ser penalizado, tendo em vista que é quem se preocupa com a questão da água a mais tempo, que se preocupa a todo o momento, pois isso é a vida dele”.
A presidente do Conselho Regional de Brazlândia, Maria do Socorro Miranda, agradeceu o esforço que o Sistema Público de Agricultura tem realizado para minimizar os impactos aos agricultores e criticou a forma que as fiscalizações têm sido realizadas em cima dos produtores. “Os produtores não podem ser vistos como os vilões da crise hídrica. O agricultor é um produtor de água, é quem conserva”, enfatizou.
Os representantes dos conselhos rurais também tiveram a oportunidade de expor as demandas de suas comunidades. Foram levantadas questões como a regularização fundiária, estradas rurais, transporte público rural, endereçamento das regiões rurais, entre outras.
Patrícia Távora/Ascom – Seagri-DF
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