Fátima, Cíntia, Tânia e Ana Cristina se encantaram com o Sítio Cultivida

O produtor Lúcio Silva iniciou a produção de morangos orgânicos no Sítio Cultivida em 2015. Há três anos, passou a receber visitantes em sua propriedade, localizada na Área Alfa da Marinha, zona rural de Santa Maria, com o sistema Colha & Pague, iniciativa apoiada pelo escritório da Emater-DF em São Sebastião.

A experiência foi repetida no último sábado (30/8), como parte da 4ª Pegada Agroecológica. Os visitantes puderam conhecer de perto o cultivo, colher morangos diretamente do pé e levar para casa não apenas a fruta, mas também geleias artesanais produzidas na chácara.

As amigas Fátima Mathuiy, Cíntia Melo, Ana Cristina Garcia e Tânia Loureiro, moradoras do Setor Habitacional Jardim Botânico, saíram encantadas com o que viram na propriedade de 2 hectares (com mais dez arrendados da vizinhança). “Para mim, foi um sonho realizado”, contou Cíntia. “A plantação é fora de série”, acrescentou Tânia.

Para Ana Cristina, consumidora habitual de alimentos orgânicos, a oportunidade foi “excelente”. “Temos que estimular a produção local. Nas próximas vezes, vou trazer minha família e incentivar os vizinhos a frequentar esse Colha & Pague”, afirmou.  Já Fátima se impressionou com o cuidado na condução da propriedade: “Tudo é muito limpo, caprichado, os trabalhadores são bem preparados, o profissionalismo é perceptível”.

Produção orgânica

Além dos morangos, Lúcio Silva cultiva tomate, batata-inglesa, cebola e folhosas. Sua produção é certificada pela Ecocert, atestando a qualidade orgânica. “A produção orgânica beneficia a saúde de todos: dos trabalhadores, consumidores, do meio ambiente e do solo, que é um organismo vivo”, ressalta o agricultor. Durante a atividade, os visitantes colheram três variedades de morango: o Camino Real, de vermelho intenso e ideal para sucos e geleias; o Festival, igualmente avermelhado; e o San Andreas, de tom mais rosado e sabor adocicado.

Lúcio Silva conseguiu financiar, por meio do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDF), da Secretaria de Agricultura, uma câmara fria. O projeto de crédito foi feito pela equipe da Emater-DF em São Sebastião. “Pretendo construir uma agroindústria e, para isso, contei com a ajuda do Paulo [Álvares, da equipe especializada em Agroindústria da empresa], que fez o projeto”, conta. “A Emater é meu braço forte”, conclui.

A gerente da unidade da Emater-DF em São Sebastião, Lídia Jardim, entende que a produção orgânica é viável para o agricultor. “Nossa região tem uma vocação agroecológica. São práticas sustentáveis, com viabilidade econômica. A maioria dos nossos atendidos são agroecológicos, ou seja, utilizam essas práticas que garantem um alimento seguro e saudável para a população”, detalha a engenheira-agrônoma.

No próximo sábado (6), a Cultivida vai abrir as portas novamente para outra edição do Colha & Pague. Para participar, o visitante paga um ingresso de R$55 e tem uma hora e meia para colher e consumir quantos morangos quiser. “Crianças são sempre bem-vindas, elas se divertem bastante”, afirma Lúcio. Cada participante pode levar a quantidade de morangos que quiser, pagando pelo peso.

4ª Pegada Agroecológica da Emater-DF 

A atividade foi parte da programação da empresa na 4ª Pegada Agroecológica da Emater-DF em São Sebastião, que contou com eventos promovidos entre os dias 26 e 31 de agosto. Oficinas, palestras, excursões técnicas, turismo rural, ações socioambientais, concurso avicultor destaque, feira rural e atividades de valorização da produção local fizeram parte do calendário da Pegada Agroecológica em diversas comunidades da região. O encerramento foi neste domingo (31), com um almoço cultural, com prosa e cantoria, no Centro Comunitário de Cavas.

Serviço
Sítio Cultivida
DF-001, km 42,5 – Área Alfa da Marinha
Contato: (61) 98259-1773
instagram: @cultividabrasil

Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 17 mil propriedades no DF. Por ano, realiza cerca de 170 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.