Adriana Nascimento, coordenadora de Olericultura da Emater-DF, fala sobre rastreabilidade
Mais de 30 produtores rurais estiveram presentes no encerramento da Semana do Produtor Rural de Ceilândia, que aconteceu em propriedade do Incra 9 na sexta-feira (11). A última reunião técnica da semana orientou os agricultores sobre as exigências do sistema de rastreabilidade da produção e os benefícios do uso da energia fotovoltaica.
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Tecnologia que tem se tornado cada dia mais acessível, a energia fotovoltaica é uma alternativa para produtores rurais que têm gasto elevado com energia para manter equipamentos em funcionamento, como bombas, geradores e aeradores. Para implantação do sistema de geração de energia, é necessário analisar as atividades e o perfil de consumo energético do produtor.
Sobre as demais ações da Semana do Produtor Rural da Ceilândia, o zootecnista e gerente do escritório da região, Aécio Prado, falou sobre o que foi realizado. “Começamos a semana com as linhas de crédito rural disponíveis para alavancar a produção. Trouxemos uma novidade que foram as flores ornamentais, uma produção que está iniciando aqui na região e depois fizemos duas ações em atividades já consolidadas que são a produção de ovos e de peixes”, disse ele.
Produtores assistem atividade prática durante reunião técnica sobre piscicultura, na quinta-feira (10)
“E hoje trouxemos outra inovação, que é a energia fotovoltaica, pois quisemos mostrar pro nosso produtor rural a economia e as vantagens que essa energia alternativa traz”, disse.
Para a equipe do escritório de Ceilândia, a grande participação na palestra de flores ornamentais foi uma surpresa. “Foi a nossa primeira palestra sobre o tema e pensamos que ficaria restrita ao grupo de interesse de 15 pessoas que está sendo formado, mas vieram muitos interessados. Até agregamos novas pessoas ao grupo a partir da oficina.”
Para o produtor Antônio Drumond, líder comunitário na área rural de Samambaia, a escolha dos temas foi acertada. “Gostei tanto que vim todos os dias”, afirmou. Entre os temas, o que mais interessou Drumond foi o de crédito rural. “Foram apresentadas algumas linhas muito interessantes”, afirmou o produtor, que pretende buscar esses financiamentos. “Todo curso que a gente participa a gente aprende e apreende alguma coisa e sempre tem um ensinamento a mais”, disse ele.
Agricultor conversa com extensionista da Emater-DF na Semana do Produtor Rural da Ceilândia
A semana de atividades também contou com a Campanha de Recolhimento de Embalagens de Agrotóxicos, onde os produtores puderam descartar os recipientes de maneira adequada e evitar a contaminação do solo e da água com os resíduos. “Fiquei feliz com a participação, pois vieram muitos produtores em todas as ações e produtores importantes da região”, afirmou o gerente do escritório Aécio Prado.
Rastreabilidade já é lei
Desde agosto deste ano algumas culturas já têm a obrigatoriedade de possuírem o registro de sua movimentação ao longo da cadeia produtiva. Essa regularização foi divida em três grupos, para viabilizar que os produtores se organizem para cumprir os prazos e as exigências. De acordo com a legislação que está em vigor, até agosto de 2021 todas as frutas e hortaliças deverão estar adequadas às normas da rastreabilidade.
Durante a reunião técnica realizada na Semana do Produtor Rural da Ceilândia a coordenadora de olericultura da Emater-DF, Adriana Nascimento, explicou aos produtores o que é a rastreabilidade e qual a importância dessa ação. “Rastreabilidade é a história desse produto desde que foi plantado, até chegar ao consumidor”, disse a engenheira agrônoma da Emater.
“Essa história tem vários atores, o produtor, o varejista, o mercado, o consumidor. E o que aconteceu com esse produto durante esse caminho? Você vai se lembrar o que aconteceu com cada produto que o senhor plantou? Isso que precisa estar registrado”, explicou Adriana aos produtores participantes.
“Muitas vezes os órgãos competentes detectaram que existiam produtos inadequados, mas não tinham como responsabilizar alguém. Então, a rastreabilidade não veio para punir ninguém, mas para registrar em que momento dessa história aquele produto foi contaminado”, explicou Adriana.
Fernando Frazão (esq.), Adriana Nascimento e Aécio Prado durante palestra de rastreabilidade
Aplicativo DF Rural
Já está disponível para os smartphones que usam sistema operacional Android o DF Rural, aplicativo desenvolvido pela Emater-DF para auxiliar os agricultores no registro de sua produção na caderneta de campo. O registro que garante a rastreabilidade dos produtos agora pode ser feito diretamente no celular.
“A gente procurou uma forma de facilitar esse registro para o produtor e hoje o celular é uma ferramenta acessível, que pode ajudar na produção”, disse o analista de sistemas da Emater-DF Fernando Frazão. Presente na palestra de rastreabilidade aos produtores da Ceilândia, ele explicou sobre o uso do aplicativo aos participantes. “No aplicativo ele terá a carteirinha de produtor rural, caderneta de campo, banco de empregos, notícias e eventos.”
Sobre a funcionalidade da caderneta de campo no aplicativo, Frazão explicou sobre a possibilidade do registro das ações por voz. “O importante é fazer o registro, então ele pode registrar sua ação falando no aplicativo, tirando uma foto ou fazendo um vídeo, mesmo que esteja sem internet no momento do registro, pois assim que conectar aquele conteúdo ficará gravado”, explicou o analista.
O aplicativo DF Rural será gratuito para todos os agricultores cadastrados no sistema da Emater, o Ematerweb.
A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 120 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
Emater-DF
Parque Estação Biológica, Ed. Sede Emater-DF CEP: 70.770.915 Brasília - DF Telefone: (61) 3311-9330 e (61) 3311-9456 (Whatsapp) E-mail: emater@emater.df.gov.br