Os primeiros resultados dos testes de validação da variedade da mandioca amarela BRS 429, no Núcleo Rural Taquara, foram medidos e a resposta foi satisfatória. A média de produtividade obtida a partir da amostragem foi de 71,5 toneladas por hectare, mais do que o dobro da média das variedades comumente usadas no Distrito Federal, que fica entre 30 e 35 toneladas por hectare. O trabalho é uma parceria entre a Emater-DF e a Embrapa Cerrados, que desenvolveu a variedade.
O extensionista e gerente do escritório da Emater-DF na Taquara, Fabiano Carvalho, relata que os testes foram feitos em três canteiros de 60 metros de comprimento cada, na propriedade do agricultor familiar Daniel José Lopes, 69 anos, e do filho dele, Hugo Leonardo Lopes da Silva, 39 anos. Com a aplicação de todas as orientações técnicas foi possível obter sucesso na produtividade.
“Para chegar a esses resultados é preciso plantar em canteiro, com cobertura de lona mouching, adubação de base e em cobertura e irrigação por gotejamento. Tudo isso contribuiu para o aumento da produtividade e a maior uniformidade da raiz”, ressaltou Fabiano Carvalho. Os primeiros resultados foram colhidos nesta semana.
Carvalho destaca que a mandioca BRS 429 é uma boa alternativa para os produtores fazerem rotação de cultura em áreas de cultivo de tomate e pimentão, por exemplo.
“Estou citando estes dois exemplos porque são culturas bastante exigentes em fertilidade e, por conta disso, nos locais onde o produtor tenha feito toda a adubação necessária para elas, o solo já está bastante corrigido. Neste caso, ele não precisa nem da adubação de base e ainda consegue fazer a rotação com uma cultura barata e bastante produtiva”, sugere.
O produtor Hugo Lopes ficou satisfeito com o resultado e deve ampliar o plantio da variedade para uma área entre um ou dois hectares – o tamanho vai depender da quantidade de ramas que ele conseguir extrair desta colheita. “Geralmente arranco mandioca com um ano. Essa, arranquei com 10 meses e com uma produtividade muito maior”, compara.
Hugo acredita que, comercialmente, a nova mandioca também terá boa aceitação. A coloração dela é um pouco mais amarelada que a convencional e o sabor, ele garante, que vai agradar: “Cozinhei aqui em casa já. Nossa, derreteu”!
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