Governo do Distrito Federal
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10/12/15 às 16h57 - Atualizado em 29/10/18 às 11h35

Seagri lança Plano de Manejo e Conservação da Água e do Solo

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O Governo de Brasília assumiu o compromisso de receber o 8º Forum Mundial de Água, em 2018. Nesse contexto, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e a Empresa de Assistência Técnica (Emater/DF) elaboraram o Plano de Manejo e Conservação da Água e do Solo em Áreas de Produção Rural no Distrito Federal a ser lançado oficialmente nesta sexta-feira (11), às 8h, na Chácara 12C, no Núcleo Rural Olaria, em Brazlândia.

 

A intenção é promover a conscientização do uso racional da água e implantar práticas de adequação da infraestrutura e da produção rural. A segurança hídrica é a grande preocupação do Governo de Brasília.

 

Dentre as práticas propostas no Plano, está a revitalização de canais de irrigação – uma ação importante desse projeto. “Entregaremos o primeiro trecho do sistema coletivo de distribuição de água para irrigação da comunidade de Olaria, em Brazlândia. Os canais abertos estão sendo revestidos com tubos de PVC. Isso diminui as perdas por infiltração”, disse o engenheiro agrônomo e diretor de mecanização agrícola da Seagri, José Voltaire Brito Peixoto.

 

O revestimento dos canais possibilita a diminuição das perdas de água à zero. “Ao implantarmos esse procedimento, solucionamos os principais problemas dos canais abertos, tais como a alta taxa de infiltração, o assoreamento, o pisoteio de animais, a contaminação química e biológica e dificuldades de manutenção. Além disso, essa prática possibilita uma melhor distribuição da água entre os usuários”, ensinou o assessor técnico da Emater, Edvan Sousa Ribeiro.

 

Nesta primeira etapa, os produtores de 20 propriedades foram atendidos, num total de 1.500 metros. Há previsão de estender o canal tubulado por mais 2 mil metros no primeiro semestre do ano que vem, beneficiando outras vinte propriedades. “Paralelamente já está em andamento o diagnóstico do canal do Rodeador – primeira região para a qual estão direcionadas as ações do Plano de Manejo”, completou Voltaire.

 

Plano

 

O Plano de Manejo e Conservação da Água e do Solo em Áreas de Produção Rural no Distrito Federal propõe a construção de uma política pública estruturante, visando a sustentabilidade da agropecuária de Brasília.
Promoverá e implantará práticas de manejo e conservação da água e do solo.

 

Dentre as práticas atuais estão – além dessa que minimiza as perdas por evaporação e infiltração graças ao revestimento e a impermeabilização dos canais e reservatórios – está a adoção de sistemas poupadores de água, como a irrigação localizada, a utilização de aeradores na piscicultura e sistemas automatizados de dessedentação animal, assim como a captação e armazenamento da água da chuva.

 

Outras medidas adotadas são as que processam os dejetos animais, visando agregação de valor e reaproveitamento, além de evitar o efeito poluidor. Para resíduos sólidos, a mais comum é a compostagem, destinando-os para fertilização orgânica. Para os resíduos líquidos, o Plano recomenda o processo de biodigestão, que produz gás para energia e biofertilizantes.

 

Com relação à proteção do solo, adotam-se práticas de redução da velocidade de escoamento da água sobre a superfície do solo, atuando nas fases mais críticas do processo erosivo e interrompe o assoreamento dos rios e lagos.

 

O Plano também incentiva a utilização de cobertura vegetal para proteger o solo contra a ação direta da precipitação, também minimizando o processo erosivo. Trata-se de um conjunto variado de práticas que podem ser combinadas, tais como estratégia de plantio e de controle de ervas daninha, com a utilização de plantas que favorecem a infiltração.

 

Outra ação de destaque no Plano é fomentar a recuperação de áreas de preservação permanente (APP) e de reserva legal (RL). Para isso, a Secretaria de Agricultura está produzindo mudas na Granja do Ipê para apoiar os produtores que queiram participar do Programa de Reabilitação Ambiental da Área Rural do DF (Reflorestar). “Também vamos – com o apoio da Emater – orientar o plantio, a escolha de espécies e acompanhar a evolução das áreas em recuperação”, disse o secretário José Guilherme Leal.

 

Para a proteção e recuperação de nascentes, existem ações do Plano também em andamento. “Mas para termos um resultado mais eficiente, necessitamos do envolvimento e empoderamento das comunidades”, concluiu a bióloga e assessora da Seagri, Lauana Carvalho.

 

 

Fonte: Seagri-DF

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