Produtores do Núcleo Rural Córrego do Ouro vão plantar dez mil mudas nativas do Cerrado até o final de 2023
Mutirão de reflorestamento no Núcleo Rural Córrego do Ouro. Foto: Arquivo pessoal
Por meio do programa Reflorestar DF, propriedades rurais atendidas pela Emater-DF, que possuem áreas degradadas, localizadas do Núcleo Rural Córrego do Ouro, estão realizando mutirões de reflorestamento para reabilitação ambiental. O projeto está sendo coordenado pelo escritório local da empresa em Sobradinho em parceria com a Secretaria de Agricultura do DF (Seagri), por meio da Granja do Ipê, que realiza a doação das mudas. Em 2023, estão previstas o plantio de dez mil mudas de espécies nativas do Cerrado como jerivá, aroeira, ipê, angico, pequi, jatobá, dentre outras.
A Emater-DF organiza os mutirões de plantio nas propriedades, envolvendo o trabalho de até 12 produtores por dia. Neste sábado (14), serão realizados o plantio de 500 mudas em duas propriedades. A gerente do escritório local da Emater-DF em Sobradinho, Clarissa Campos Ferreira, informou que, desde dezembro de 2021, já foram plantadas quatro mil mudas em uma área de 10 hectares.
“O nosso foco tem sido reflorestar a nascente dos principais rios da região, como o Córrego do Ouro e o Córrego da Batalha, além de Áreas de Preservação Permanente [APP]. Essa ação visa sensibilizar os produtores, por meio da educação ambiental, para a adequação ambiental das propriedades rurais degradadas, com a recuperação das áreas de preservação permanente e recomposição de reserva legal. Além disso, fortalece a importância da adoção das boas práticas agrícolas, que tanto orientamos”, disse Clarissa Campos.
Para a produtora rural Keila dos Santos Cardoso, que assinou o cadastro no programa Reflorestar DF em outubro de 2022, a comunidade deve recuperar as áreas degradadas para a volta das águas dos rios. “O pessoal mais velho, embora por falta de conhecimento, degradou muito para fazer pastagem, fez queimadas para o plantio e acabou assoreando os rios, então a água acabou secando. Agora mesmo, o rio está no chão, bem seco, e a gente quer que as águas voltem. Voltando as águas, voltam os animais, os peixes, os pássaros, tudo”, declarou.
De acordo com Clarissa Campos, além de contribuir com as ações de plantio de mudas nas áreas degradadas, margens de cursos de água e nascentes, a Associação dos Produtores Mel da Terra ainda organiza uma brigada de incêndio composta por 10 pessoas que fazem um trabalho permanente no período de estiagem, de prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas. “Esse trabalho é realizado com o apoio da Emater-DF, ICMBio e Corpo de Bombeiros Militares do DF que atuam na região de Sobradinho. Não bastar só reflorestar, tem que cuidar”, finalizou a extensionista rural.
O Programa Reflorestar visa a recuperação e proteção dos recursos hídricos, a conservação do solo, a capacitação e educação ambiental e é voltado para os agricultores familiares e pequenos produtores ocupantes de Áreas Públicas Rurais administradas. A recomposição vegetal tem sido priorizada nas principais bacias hidrográficas do DF para preservar áreas de grande importância para o abastecimento de água à população.
A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
Emater-DF
Parque Estação Biológica, Ed. Sede EMATER-DF CEP: 70.770.915 Brasília - DF Telefone: 3311-9330 E-mail: emater@emater.df.gov.br