Governo do Distrito Federal
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3/02/17 às 16h16 - Atualizado em 29/10/18 às 11h40

Produção de alimentos desidratados recebe certificado de qualidade

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Selo de Boas Práticas Agropecuárias foi entregue pela primeira vez a uma agroindústria de produtos orgânicos

 

Em 2004, Norma Sueli Siqueira fez o primeiro curso de desidratação de alimentos, quando buscou ajuda da Emater-DF. Na quinta-feira (2), após mais de 12 anos, ela ganhou o selo de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) da empresa e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural pela produção e venda de legumes, frutas e temperos desidratados.

 

A cerimônia foi no Centro Comunitário do Assentamento Três Conquistas (região administrativa do Paranoá). “Fazer um produto de qualidade é uma coisa. Mostrar é outra. Esse selo é uma comprovação de que eu faço um produto bom, que é valorizado na venda”, falou a empresária agroindustrial, de 57 anos. Ela pode usar o certificado, válido por um ano, na propriedade, no ponto de venda nas Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa-DF) e nas embalagens.

 

Norma é a 11ª assistida a receber o selo, desde que ele foi criado com o Programa de Boas Práticas Agropecuárias do Distrito Federal — Brasília Qualidade no Campo, em julho de 2016, por meio de portaria. Ela é a primeira beneficiada que produz com emprego de agroindústria orgânica.

 

O presidente da Emater-DF, Argileu Martins, comentou sobre o valor do selo, tanto para produtores, quanto para consumidores. “O caso de Norma mostra que, mesmo tendo uma propriedade pequena, de dois hectares, é possível tirar renda. O comprador vê que o produto feito com qualidade é mais gostoso.”

 

O secretário de Agricultura, José Guilherme Leal, explicou que a propriedade do interessado no certificado deve ser trabalhada para se adequar ao nível de qualidade. “É preciso acertar a propriedade, os sistemas de produção, manejo, até o produto. Essas questões são verificadas pela EmaterDF e pela secretaria”.

 

Segundo ele, depois de receber o selo, auditorias são feitas pela pasta com a Vigilância Sanitária e a Ceasa, frequentemente, para garantir que a qualidade seja mantida. A produção deve cumprir no mínimo 70% dos 68 requisitos de qualidade.

 

Alguns deles são obrigatórios, por serem de maior importância — como o dos manejos de irrigação. Norma, por exemplo, mistura os sistemas de regadura por gotejamento e por aspersão, porque cada um é mais econômico para colheitas diferentes.

 

Melhoria — Um dos objetivos do Brasília Qualidade no Campo é promover, capacitar e estimular os responsáveis por estabelecimentos rurais que comercializam alimentos in natura (não industrializados) a desenvolver ações para melhorar a qualidade sanitária e, assim, proteger a saúde da população do DF.

 

A adesão é voluntária. Quem quiser participar deve procurar os escritórios da Emater-DF na região administrativa em que fica a propriedade.

 

Além dos agricultores, trabalhadores rurais e consumidores, estão entre o público-alvo do programa associações, cooperativas e organizações de agricultores, comércio atacadista e varejista, distribuidores, feiras e demais integrantes das cadeias agropecuárias — principalmente produtores de hortaliças folhosas e frutos.

 

Texto: Vinícius Brandão
Fotos: Tony Winston
Agência Brasília

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