Emater-DF orienta agricultores da região rural do Gama a cultivar reduzindo o consumo de água e energia e aumentando a produtividade
O agricultor Miguel Simões saiu de Unaí (MG) em 1989 e se estabeleceu no núcleo rural Ponte Alta (região administrativa do Gama), onde passou a plantar hortaliças. Alface, tomate, pimenta, brócolis, jiló, salsinha, maxixe, couve e outras verduras e legumes são cultivados na chácara e comercializados em feiras no Gama.
Preocupado com a escassez dos recursos naturais, Miguel acionou a Emater-DF para saber como poderia economizar sem perder a produtividade. Com apoio de técnicos da empresa, ele conseguiu financiamento para investir na propriedade e, nesta terça-feira (25), abriu as portas para receber uma oficina de manejo de irrigação. O evento reuniu cerca de 25 produtores rurais de regiões próximas.
De acordo com o gerente do escritório da Emater-DF no Gama, Pedro Ivo Braga, a empresa elaborou um projeto de R$ 15 mil do Prospera — linha de crédito da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh). Com o recurso, o agricultor investiu em 4 túneis baixos — uma espécie de estufa, tanques e outros equipamentos de irrigação. “O cultivo protegido é mais adequado para a produção de hortaliças, já que exige a mudança de irrigação para gotejamento. É um sistema mais econômico e sustentável, que requer menos recursos naturais e rende mais”, explica Pedro Ivo.
Miguel Simões concorda. “Com o novo sistema, consigo plantar hortaliças gastando menos água, menos energia, desgastando menos os equipamentos e a produtividade aumentou. Assim, sobra um dinheirinho pra investir em adubo, sementes e incrementar o negócio”, comemora o agricultor. A propriedade tem pouco mais de 6 hectares onde Miguel vive com a mulher, quatro filhos e outros parentes que trabalham na produção.
Durante o evento, os engenheiros agrônomos Kleiton Rodrigues, Renata Cabus e Márcia Veras (da equipe do Gama) e Antônio Dantas apresentaram algumas técnicas importantes que contribuem com a economia de água.
Além do manejo da irrigação — medição e comparação de índices de pressão de água nas mangueiras, nível de nutrição do solo e outros dados —, os técnicos mostraram o funcionamento do Irrigas. Trata-se de um sensor simples e barato que determina quando e quanto o agricultor precisa molhar a lavoura. “Com esse equipamento, percebi que não preciso irrigar a plantação hoje (terça-feira), sendo que joguei água no domingo de manhã”, explicou Miguel Simões ao grupo de produtores e trabalhadores rurais que participavam da oficina.
Rinaldo Costa
Assessoria de Comunicação – Emater-DF
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