Pelo terceiro ano consecutivo, a Emater-DF promoveu um dia de oficinas sobre poda e manejo de pitaya. A atividade foi realizada no espaço da Agricultura Familiar na AgroBrasília, região do PAD-DF, no Paranoá, onde fica o campo de validação de cinco variedades da fruta desenvolvidas pela Embrapa Cerrados e monitoradas pela Emater-DF. Cerca de 25 pessoas participaram, entre elas uma produtora rural de João Pinheiro (MG), que veio acompanhada de dois técnicos da Emater-MG.
“Sou servidora pública da prefeitura de João Pinheiro e tirei uma licença para cultivar pitaya, porque é na fazenda que eu me encontro. Eu já estava muito feliz e com essa oficina de hoje fiquei mais animada ainda”, contou Sandra Aparecida Correa, 44 anos, que já tem 400 pés da fruta.
Variedades melhoradas
As variedades que eles tiveram acesso foram BRS Luz do Cerrado, BRS Lua do Cerrado, BRS Minipitaya do Cerrado, BRS Ambar do Cerrado e BRS Granada do Cerrado. Todas passaram por melhoramentos, que visam facilitar a condução e melhorar a qualidade e produtividade das plantas.
“Uma das vantagens dessas variedades aqui do campo de validação é a autopolinização. Significa que elas não precisam de polinização manual. Sem contar que foram desenvolvidas para o Cerrado, então se adaptam muito melhor a esta região do que as demais”, explicou o gerente do Escritório Especializado em Agricultura Orgânica e Agroecologia da Emater-DF, Daniel Rodrigues Oliveira, que acompanhou as oficinas.
Para Edson Bernardes, 61, morador do Núcleo Rural Córrego do Torto, esta foi a oportunidade de ampliar a produção. “Comecei minha produção bem artesanalmente mesmo, há dois anos, com 12 pés. Gostei e fui replicando. Hoje tenho 160 pés e estou com 700 covas abertas para aumentar a área”, contou.
Assistência Técnica
O coordenador de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, explica que os produtores que participaram das oficinas e irão plantar as variedades de pitaya desenvolvidas pela Embrapa continuarão recebendo assistência da Emater-DF nas propriedades.
“Eles estão levando para as suas propriedades variedades melhoradas e receberão todo o acompanhamento técnico da empresa para conduzir a plantação da melhor maneira possível”, explicou.
Por ser bastante rústica, a pitaya pode ser cultivada sem uso de defensivos agrícolas. Suas únicas exigências são adubação e água. “Por isso é uma fruta que se dá muito bem em produções orgânicas e agroecológicas. Como, além disso, ela tem um valor agregado alto, se torna uma opção bastante interessante”, acrescenta Felipe.
A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
Emater-DF
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