Desde 2009, a legislação brasileira determina que pelo menos 30% da merenda servida nas escolas públicas seja fornecida pela agricultura familiar. Para isso, a Emater-DF capacita os agricultores que entregam alimentos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Com o objetivo de aperfeiçoar essa importante política, a empresa distrital articulou com a Secretaria de Educação o lançamento uma chamada pública onde serão adotadas novas regras que devem facilitar a logística do trabalho.

Segundo o gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF, Blaiton Carvalho, a ideia é implantar um ponto de distribuição, onde os agricultores deixarão os alimentos, que serão transportados para as escolas por uma equipe da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). “Atualmente, os produtores levam os alimentos diretamente aos colégios, o que dificulta e encarece o transporte para eles”, explica.

Outra novidade é que a chamada pública prevê um calendário de distribuição, o que permitirá que as associações e cooperativas de agricultores possam fazer um planejamento das entregas, otimizando os custos. A experiência, que será adotada inicialmente nas 26 escolas do Recanto das Emas, será avaliada pelas equipes da Seagri, Emater-DF e Secretaria de Educação.

A chamada pública reservou R$ 361 mil para aquisição de abacate, chuchu, couve, morango, espinafre, goiaba, maracujá, repolho, tomate e vagem. O orçamento da Secretaria de Educação para merenda escolar é de R$ 35 milhões — portanto, R$ 10,5 milhões devem ser reservados para a agricultura familiar. “Com isso, garantimos geração de renda para as famílias no campo e, ao mesmo tempo, alimentação segura e saudável para os estudantes”, conclui Blaiton.

Rinaldo Costa
Assessoria de Comunicação – Emater-DF