Símbolos de amor, carinho e cuidado, as flores costumam servir, para muitas pessoas, como um alimento à alma. Com base nessa ideia, a Emater-DF está apoiando a venda por tele-entrega de flores de produtores locais como forma de aliviar o isolamento social causado pelo coronavírus. Com a orientação para que todos fiquem em casa, o envio de flores pode ser uma opção para se fazer presente e ajudar pequenos produtores do Distrito Federal.
Emater-DF leva orientações sobre coronavírus aos produtores rurais
Produtores doam flores a servidores da Saúde em hospitais e a doadores no Hemocentro
Na capital, pelo menos 140 pequenos produtores de flores atendidos pela Emater-DF, com diversidade de 87 variedades de espécies, dependem da atividade para se manter e buscam superar o momento para comercializar seus produtos. Para a coordenadora de Floricultura da Emater-DF, Loiselene Trindade, o momento é delicado para todos, mas em especial para os produtores de flores.
Produtor verifica canteiro de flores em sua propriedade
“Se os consumidores tiverem a oportunidade de comprar flores, comprem. Esse é um momento em que as pessoas vão estar em casa e precisam cuidar do jardim ou receber um carinho de quem está distante, por meio do envio de flores. As flores trazem harmonia para o meio ambiente e proporcionam bem-estar”, afirmou Loiselene.
No Distrito Federal, o mercado de flores movimenta cerca de R$ 200 milhões ao ano e emprega aproximadamente 3,5 mil pessoas. A capital é maior mercado consumidor per capita de flores do país. Em 2019, a área plantada dedicada a cultivares diversas como crisântemos, lisianthus, girassóis, copos-de-leite, palmeiras, gramas, suculentas e cactos era de 570 hectares.
Produção de flores no Distrito Federal em propriedade atendida pela Emater-DF
Por conta disso, a Emater, em parceria com os produtores, encaminhou uma carta à Secretaria de Agricultura no último dia 24 solicitando apoio aos pequenos produtores de flores do DF.
O desenvolvimento da cadeia produtiva de flores é um dos objetivos da Emater-DF e faz parte do planejamento estratégico do Governo do Distrito Federal para a área rural. “É um setor importante, que gera emprego e renda para os nossos produtores. Além disso, temos um mercado enorme que podemos atender em boa parte com a produção local, o que estimula o setor e a economia do Distrito Federal como um todo”, afirmou a presidente da empresa, Denise Fonseca. “Temos muito espaço para crescer.”
Variedade de suculentas, plantas produzidas em propriedade do DF assistidas pela Emater-DF
O diretor-financeiro da Central Flores, Kiko Jakubowsky de Carvalho, que representa cerca de 25 pequenos produtores que comercializam na Ceasa, destaca que pessoas de outros estados que tenham parentes em Brasília podem comprar por telefone ou online e presentear alguém que esteja na capital. “Nesse momento, em que não podemos visitar, mandar flores é um gesto de carinho com seu familiar ou amigo, que seria revertido em outro gesto solidário gerando renda para os nossos produtores”, ressaltou.
Contatos de tele-entrega
𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥 𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 (diversas espécies)
(61) 99800-5778
𝐅𝐥𝐨𝐫𝐚 𝐄𝐛𝐞𝐧𝐞𝐳𝐞𝐫 (áster, rosas e orquídeas)
(61)99147-0505
𝐎𝐫𝐪𝐮𝐢𝐝á𝐫𝐢𝐨 𝐂𝐨𝐥𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨 (orquídeas, substrato para orquídeas, vasos e cachepôs)
(61) 98334-3263
𝐅𝐥𝐨𝐫𝐚 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 (áster, rosas, tango, hortaliças, plantas medicinais e adubo)
(61) 99655-6756
𝐎𝐫𝐪𝐮𝐢𝐝á𝐫𝐢𝐨 𝐇𝐢𝐥é𝐢𝐚 (orquídeas)
(61) 98184-4333
𝐂𝐨𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐌𝐮𝐥𝐭𝐢𝐟𝐥𝐨𝐫 (flores e plantas orgânicas certificadas)
multiflorbsbcomercio@gmail.com
(61)99183-5387
𝐁𝐚𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐑𝐞𝐢𝐬 𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐎𝐧𝐥𝐢𝐧𝐞 (Flores e cestas)
www.batistareisfloresonline.com.br
𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬 (diversas espécies)
(61) 99119-9528
karisma@karismaflores.com.br
𝐁𝐫𝐨𝐦𝐞𝐥𝐢𝐀𝐠𝐫𝐨 𝐇𝐨𝐫𝐭𝐢𝐜𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 & 𝐒𝐞𝐫𝐯𝐢ç𝐨𝐬 (cultivo e comercialização de bromélias)
(61) 99686-4435 ou (61) 984692012
𝐇𝐨𝐛𝐛𝐲 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞 (plantas envasadas, adubos, substratos e vasos)
(61) 98550-0176
𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐆ê𝐧𝐞𝐬𝐢𝐬 – 𝐒í𝐭𝐢𝐨 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐨
Dov Katz (61) 99848-0111
𝐌á𝐫𝐜𝐢𝐚 – 𝐑𝐚𝐧𝐜𝐡𝐨 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐧á (flores tropicais e folhagens)
(61) 97401-7898
𝐊𝐢𝐤𝐨 – 𝐑𝐚𝐧𝐜𝐡𝐨 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐧á ( flores tropicais, folhagens, arranjos, decorações)
(61) 97401-4545 e (61) 99972-2533
𝐌𝐢𝐲𝐚𝐡𝐚𝐫𝐚 𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 (girassol, gérbera, celosia, cáspia, Gloriosa e folhagens)
(61) 98578-7515 (61) 99636-8067
Todos os produtores que quiserem divulgar contatos para pedidos devem procurar a Emater, para que os telefones e e-mails sejam disponibilizados na página da empresa.
Flores produzidas no Distrito Federal
Decreto contra o coronavírus
Com o avanço dos casos confirmados de coronavírus na capital do país, o Governo do Distrito Federal decretou diversas medidas de combate e controle ao vírus, entre elas está o fechamento do comércio e a instrução para que as pessoas não saiam de casa.
O fechamento de feiras pela cidade fez com que produtores que vendem na Central Flores, na Ceasa, buscassem saídas para escoar a produção. Produtores de flores, que têm a peculiaridade de venderem produtos perecíveis em curto espaço de tempo, acabam tendo sua situação agravada pelo fato de flores não serem itens de extrema necessidade.
De acordo com Loiselene, a Emater-DF está trabalhando junto com os produtores para tentar minimizar os impactos e criar novas oportunidades de negócio e comercialização. “Diante do momento, houve uma queda expressiva na comercialização de flores e isso acarreta um problema sério no setor”, disse.
Flores cultivadas por produtores rurais do Distrito Federal
Dificuldades x comercialização
Na Ceasa, a Central Flores fechou as portas e os produtores que comercializavam no espaço tiveram que criar suas estratégias de vendas. Desde o último sábado, eles anunciaram o serviço de tele-entrega. No entanto, segundo Kiko, a tentativa ainda tem surtido resultados tímidos.
“O negócio tá muito difícil e os produtores estão perdendo suas produções na roça mesmo, tendo que cortar e jogar fora. Na Ceasa, tudo que tem lá essa semana já tem que jogar fora”, disse o diretor-financeiro da Central Flores.
Na última semana, cerca de 800 rosas, mais arranjos e mudas de plantas que seriam comercializadas na Central Flores foram entregues a doadores de sangue no Hemocentro e também a servidores da saúde em cinco hospitais da capital. Essa foi uma forma que os produtores encontraram de reverter os prejuízos em solidariedade e homenagear os que se propuseram a sair de casa em prol do bem coletivo.
Diretor-financeiro da Central Flores entrega doações no Hemocentro – Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Produtores lamentam
Produtora de flores no núcleo rural Rio Preto, Rosimeyre Morais, de 44 anos, vive apenas da floricultura. Segundo ela, a queda no movimento se agravou desde o início de março. Sua mercadoria era escoada em feiras da cidade e, aos sábados, na Ceasa. Diante do surto na capital e do fechamento do comércio, ela afirmou que as vendas caíram consideravelmente.
Por meio da Cooperativa Multiflor, a expectativa é a de que um pouco da sua produção e de outros produtores sejam expostas para venda em um mercado no Lago Norte. “Plantamos muito e perdemos muitas remessas. Infelizmente, os grandes atacadistas e redes de mercados do DF não compram flores do produtor local. Não valorizam o produtor local”, afirma.
De acordo com ela, quando a oportunidade surge, fica inviabilizada devido à quantidade da demanda e os custos com logística. “Às vezes alguém até pede um buquê de flores, mas se não forem várias entregas juntas, a gente não consegue porque não compensa devido ao transporte”, aponta.
Com grande produção e pouca demanda, Takao corre o risco de ter que jogar fora as flores cultivadas
Takao Akaoka, produtor no núcleo rural de Alexandre Gusmão, em Brazlândia, que emprega atualmente oito funcionários, ressalta a dificuldade de comercialização diante dos grandes mercados. “Quem ainda está vendendo são os grandes supermercados e nesses a gente não consegue comercializar. A negociação é diferente e a gente precisa ter grande volume. Somos pequenos produtores, não temos grandes volumes”, lamenta. Enquanto isso, sua produção se perde no campo. “É um produto perecível, não tem como guardar e não tem o que fazer. Por enquanto, estou vendendo apenas para uma funerária, que ainda me procura.”
A Emater-DF
Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
Emater-DF
Parque Estação Biológica, Ed. Sede Emater-DF CEP: 70.770.915 Brasília - DF Telefone: (61) 3311-9330 e (61) 3311-9456 (Whatsapp) E-mail: emater@emater.df.gov.br