Curso, realizado nesta quarta-feira (20), apresentou práticas que devem ser adotadas para o aumento da qualidade e vida útil dos produtos e bem-estar dos produtores
Sabe-se que as perdas de frutas e hortaliças começam na colheita e ocorrem em todos os pontos da comercialização até o consumo. Mas com a adoção de Boas Práticas Agropecuárias (BPA), principalmente na colheita e pós-colheita, produtores e consumidores obtêm produtos com qualidade sanitária e com maior durabilidade.
Para que essas práticas sejam adotadas pelos produtores, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) realizou, nesta quarta-feira (20), curso teórico e prático para 15 agricultores da região administrativa de Planaltina. A atividade aconteceu na propriedade de Vilmar de Almeida, produtor orgânico que vêm adotando as boas práticas e está em processo de certificação pelo programa Brasília Qualidade no Campo – que atesta a adoção de ações que protegem a saúde de quem produz e de quem consome os alimentos.
Boas práticas
“As Boas Práticas Agropecuárias envolvem um olhar sobre toda a propriedade. São várias normas e procedimentos a serem observados que, além de tornar a produção mais rentável, com menos perdas e maior qualidade, asseguram a oferta de alimentos seguros, oriundos de sistemas sustentáveis”, explica a coordenadora do programa de BPA da Emater-DF, Letícia Martinez.
Em relação à colheita, os produtores puderam conhecer e entender a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPI), do uso de ferramentas adequadas e higienizadas, bem como a forma e ordem correta dos procedimentos de colheita.
Pós-colheita, o agricultor também deve estar atento aos aspectos que interferem na qualidade do produto. A extensionista da Emater-DF, Ana Paula Rosado, explicou e mostrou a estrutura necessária para higienização das hortaliças, destacando a importância da qualidade da água e todas as etapas da higienização das hortaliças.
Também foram tratadas as boas práticas no armazenamento, transporte e na comercialização dos alimentos.
Para o trabalhador rural José Nilton Costa muita coisa foi novidade. “Vi a importância de manter tudo limpo, de não deixar animais na área de produção, para a gente ter um produto melhor. Vou colocar em prática o que aprendi e sei que vai ajudar a conquistar novos clientes”, disse.
Já Basílio dos Santos, que antes era trabalhador rural, está começando sua própria produção e já quer seguir as boas práticas. “Acho importante fazer tudo certinho, começar já fazendo como deve ser feito e facilitando o acesso ao mercado”, conta.
Programa de Aquisição de Alimentos
No Distrito Federal, para que produtores comercializem seus produtos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – que destina os alimentos a entidades socioassistenciais – é preciso aderir ao programa de Boas Práticas Agropecuárias: Brasília Qualidade no Campo.
Ao entrar o programa, o produtor é orientado quanto às mudanças e adaptações que devem ser feitas em relação a limpeza, respeito às legislações trabalhistas e ambientais, correto armazenamento dos produtos, cuidado na colheita e no pós-colheita, entre outros requisitos. Após adotarem as recomendações, em um determinado prazo, é realizada vistoria para certificação e emissão do selo do programa pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri).
De acordo com a portaria que criou o programa, têm direito a receber o certificado e o selo propriedades rurais que alcançarem pelo menos 70% dos pontos obrigatórios verificados em auditorias de conformidade. Periodicamente, novas vistorias serão feitas para assegurar — ou não — a permanência da certificação. A validade, caso ela não seja cancelada antes, é de um ano.
Carolina Mazzaro
Assessoria de Comunicação da Emater-DF
Emater-DF
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